Diversidade não é para todos

Quando o tema diversidade vem à baila, mesmo em contextos académicos, é inevitável surgir uma associação imediata à questão da imigração. Raramente o discurso ultrapassa essa fronteira simbólica definida pelo Estado-nação, o que parece resultar de dois pressupostos implícitos:
- primeiro, a identidade, por via da cidadania, é definida de forma determinante pela pertença nacional;
- segundo, a nacionalidade, a nossa e a dos que decidem imigrar, é una e como tal monocultural.
Sinto sempre que não apenas a ficção da identidade nacional sai reforçada nesses momentos, reproduzindo estereótipos sob a capa da tolerância e da generosidade, mas sobretudo não se colocam outras cartas na mesa, que impliquem no mesmo patamar de leitura outras formas de exclusão como as que se baseiam, por exemplo no género ou na orientação sexual. Para evitar à partida este enviesamento ideológico, a ideia de nacionalidade terá que começar a ser lida como o resultado da diversidade, e não como o seu alvo indefeso. Estaremos preparados para tal revolução coperniciana?

2 Comentários:

  1. João Soares disse...
    (Off-Topic)
    Assinei a petição que anunciaram mais lá atrás "Uma boa notícia e mais trabalho por fazer" e também coloquei um post a favor da despenalização do aborto/ivg...
    Pela Modernidade de Portugal, menos hipocrisia e cidadãos verdadeiramente livres e universais.
    Abraços
    Joao Soares
    Anónimo disse...
    O grupo " Algés comVIDA" tem o prazer de o convidar para uma sessão
    de
    esclarecimento sobre o tema do aborto e o próximo referendo. Esta
    sessão, terá lugar no dia próximo dia 26, às 21:30h nas
    instalações do
    Sport Algés e Dafundo e terá os seguintes oradores:

    ? Dra. Maria Furtado, directora da Casa de Sto. António, que é uma
    instituição de acolhimento de mães solteiras com dificuldades e seus
    filhos.
    ? Dra. Sofia Gouveia Pereira, jurista.
    ? Dr. Vítor Neto, médico obstetra.

    Participe!

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