Só Moretti me entende

" O dever! O dever de fazer este documentário... não me apetece nada, mas devo fazê-lo... mas não me apetece. Que bom seria se finalmente conseguisse realizar aquele filme musical passado nos anos 50: à esquerda, todos por Estaline, mas... há um pasteleiro, um pasteleiro trotsquista, isolado, difamado, que solitário no seu laboratório, entre as suas massas e os seus pasteis, é feliz... e esquece... e dança.
(...) Hoje vou conseguir boas filmagens, importantes, sim. Apesar de ter um bocado vergonha, se ao menos conseguisse encontrar um modo de filmar sem que ninguém me visse... De qualquer das formas hoje estou em forma, sinto-o. E depois é importante fazer este documentário, e é uma coisa que eu gosto... apesar daquele filme sobre aquele pasteleiro... bem, isso seria outra história!"

2 Comentários:

  1. Rita Oliveira Dias disse...
    Ai, como é verdade...um pé aqui e a vontade de colocar o outro ali. A vida , o nosso tempo demasiado curto para experimentar, aprender, fazer tanta coisa que nos agrada. Abraço
    Major Tom disse...
    Rita, que bom voltares aos comentários! Já há de novo razões para blogar! hehe
    É verdade, mas podemos tentar contrariar o tempo, ou mesmo ludibriá-lo. Nada deve ficar atrás das nossas fomes de mundo :)

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