Um ano de Micas
Um ano de repleto de ronrons, de curiosidades, de lambidelas, de muitas marotices e de grandes sorrisos. Adoro-te!
Agosto fora do sítio
Agosto entrou nas nossas cabeças, impedindo-nos de postar pouco mais do que nada. São muitos os motivos para não olhar para o computador, e aqui vai mais um. Não seria propriamente a minha escolha e é verdade que a aposta já teve anos mais arrojados (nunca me esquecerei do desconcertante "Os respigadores..." da Agnés Varda, dentro do mercado do Bom Sucesso, à noite e no meio das bancas de legumes e paletes com frutas). Talvez se pense que para cinema popular não se possa pedir mais. Bom Agosto!
A. e B., R.I.P.
Desaparecem na mesma altura, como se viessem do mesmo planeta e uma nave invisível os tivesse vindo recolher, depois de cumprida a sua missão. Antonioni, que comunicou quase sem palavras e com toda a amplitude psicológica dos seus cenários urbanos o enorme vazio da existência humana. E Bergman, por vezes quase verborreico, em grandes planos que nos fixaram na retina Liv Ulmans e Bibi Andersons, em peças de câmara sobre essa grande batalha que se desenrola no interior de cada um de nós, entre a amor e a liberdade, entre a loucura e a abstracção da felicidade, e a dificuldade da ponte com o outro. Houve muito dali que nos fez assim.