Partida, largada...fugida!
E pronto, a corrida fez-se. Não custou muito e foi divertido. A minha proverbial distracção fez-me partir largos minutos depois do tiro de largada, mas daí até apanhar o poletão e ir conquistando lugares foi um instante, num irreprimível impulso competitivo (desconhecido para mim) que me fez chegar à meta quase de rastos (ou seria o peso da companhia? - ver post anterior). Pensando bem, se participar noutras corridas vou optar por essa estratégia, sempre é melhor do que começar à frente e ir ficando para trás... O ambiente era de feira popular (até pelo homem com o megafone a debitar bitaites incompreensíveis no palanque), uma mole humana bem disposta, com crianças, idosos, cães e outras espécies sob um Sol esplendoroso. E ainda sobrou bastante tempo para acompanhar o resto da 'caminhada' da criançada, já quase em delírio de alegria. Quando é a próxima, mesmo?
Correr com o diabo
Amanhã vou estou algures no meio da multidão, para provar que pai é quem está por lá, ao lado da petizada. Quem me quiser encontrar, não terá grandes dificuldades: basta procurar o meu número de dorsal, que não teria sido melhor se fosse escolhido de propósito. Será que uma 'ajudinha' deste género é motivo de desclassificação?
Etiquetas: desporto, música maestro
Publicado por Major Tom - sábado, março 24, 2007 à(s) 13:48 1 comentáriosO mapa que me anda a tentar...
O grande tanque
Só o profundo azul da piscina me reconcilia comigo e me dá tréguas na batalha que travo com as minhas inseguranças no trabalho, nos estudos ou nos olhos nos olhos. Gosto de ser o único no grande tanque que mergulha e experimenta a breve e solitária quimera da outra dimensão.
Ir dizendo
Da indizibilidade do ser até à vontade de dizer algo vai às vezes uma pequena mas eloquente distância. Nestes dias de interregno, aconteceu-me a fase final da malfadada formação para renovação do CAP (essas extraordinárias inutilidades burocráticas que obrigam meia dúzia de tipos a aturarem-se uns aos outros durante 60 horas e no final irem jantar juntos para simular uma cumplicidade inexistente).
Também aconteceram duas belíssimas sessões do Cinanima, esse injustamente olvidado festival de cinema de animação que acontece anualmente na cidade de Espinho, onde se percebe que o cinema precisa urgentemente de novas linguagens, com a furiosa inteligência criativa destas pequenas obras-primas.
Começou a circular um abaixo-assinado para a criação de um movimento pelo sim no referendo sobre o aborto, onde surpreendido encontrei o nome da Agustina Bessa Luís como signatária. Faço correr o dito e abro discussões onde pousa a folha.
O Ministério da Educação decide tornar público e oficial o alargamento do processo de reconhecimento e validação de competências ao secundário. Apreensivo, estudo os documentos e interrogo-me sobre a capacidade dos próprios certificadores mediante os critérios apresentados.
A terminar a semana, uma visita por convite a um dos novos espaços de 'realidade paralela' urbana do século XXI: os grandes ginásios urbanos. Entrei, experimentei uma ou duas dessas modalidades com nomes ingleses, pacotes de exercícios repetidos resultantes do mix de várias modalidades já existentes, patenteados e franchisados às novas catedrais onde se presta culto a corpos já suficientemente tonificados. O espaço é agressivamente concentracionário; todos os movimentos são controlados por cartões, fechaduras, códigos, inscrições em modalidades; somos conduzidos por setas, instruções, circuitos e uma música enjoativa e omnipresente. Nas sessões grupais, um tom de uníssino que me põe desconfortável.
Respiro fundo. Porque hoje é sábado.