As botas de Sinatra

Sem tempo para postagens, but the show must go on... por isso fiquem com este belo exemplo do que a cultura pop pode trazer para a women's lib ;)

50 espaços verdes a preservar


Chamo a atenção para o destaque que estará no menú da "Orquídea", até ao final do mês de Março. A associação Campo Aberto pede-nos ajuda para encontrarmos 50 espaços verdes na Área Metropolitana do Porto que se encontrem desprotegidos legalmente, por forma a preservá-los de ameaças imobiliárias e abri-los ao usufruto colectivo.
Todos nós já vimos serem destruídos terrenos agrícolas, quintas, jardins privados, alguns deles trazem belas recordações da nossa infância. Vamos dar o nosso contributo para poder preservar aquilo que ainda pode ser salvo.

"Twee Vaders"


Isto passou-se no Festival da Canção "Kinderen voor Kinderen" de 2005, nos Países Baixos. Aqui têm a letra se quiserem aprender ;)

Cartas de Iwo Jimo


No cinema, cada vez vou mais pelos valores seguros. E também porque algo feito por um homem com tanta história na sua pele como Clint Eastwood, a quem chamam o último dos clássicos (com tudo o de vago e ideológico que isso acarreta; afinal, quem vão ser os clássicos em 2050?). Ou seja, alguém cuja vida na verdade se confunde com a evolução do cinema norte-americano (e não só, foi dirigido por grandes do cinema italiano como Sergio Leone mas também Vittorio De Sica)nos últimos 50 anos, tendo-se tornado um repositório (inclusivamente físico) desse legado. Em "Cartas de Iwo Jimo", vê-se que aprendeu bem a lição e que se tornou ele próprio um mestre (como já em Bird, Caçador Branco, coração preto, Um mundo perfeito , As pontes de Madison County ou mesmo Million Dollar Baby). É um filme negro e violento, como uma ferida exposta cauterizada a fogo. A ferida é a própria herança ideológica da vitória sangrenta dos EUA sobre o Japão no final da II Grande Guerra. O cenário é abstracto como a própria guerra, a loucura pontuada por visões de areias negras e grutas intermináveis onde os japoneses resistiram mais de 40 dias à infinita superioridade bélica do adversário. O paroxismo é acentuado por uma ausência de enquadramento explicativo. As vítimas estão de um lado e do outro das trincheiras, e, como em todas as guerras, o inimigo são as ordens de superiores sempre ausentes, o que faz deste filme uma bela e singular balada pela paz.

Links para malta disposta a ser mais ecológica

O papel e a sua mente



As palavras não desapareceram, simplesmente migraram para o trabalho de dissertação por uma questão de racionalização de energias e de recursos mentais. Vão sobrando outras formas de sair de mim. Estas são as minhas preferidas: estou num colóquio, numa aula, numa entrevista, numa reunião ou num debate, a mente divaga e ordena à mão o gesto vago que se espreguiça numa folha de rascunho. É assim normalmente que nasce mais um personagem à procura da sua história, a aguardar o encontro que nunca acontecerá com o seu próprio significado.

"Ainda há pastores" no Porto

Afinal, este documentário regressa ao Porto, hoje e amanhã pelas 21h30 no Cinema Batalha. Lá estarei!

A corrida ao abismo (de novo Schwizegebel)

Casa da Leitura


Na minha ronda diária pela net, fui dar a este site, mais um projecto da Fundação Gulbenkian. O que gostei verdadeiramente foi desta animação, nada mais nada menos que o menú principal do site. Achei fantástico! É tão fofinho...

SIM!!!



Cancelem as vossas viagens para fora do país! Parem de enviar currículos para o estrangeiro! A democracia ganhou! A verdade ganhou! As mulheres ganharam! Vale a pena ir para as ruas! Vale a pena recolher assinaturas, debater, insistir, informar, reclamar! Vale a pena acreditar num futuro diferente, na justiça e na diversidade! Agora sim, vamos às leis, vamos às escolas! Mãos à obra, que neste país ainda há esperança!

Pela dignidade das mulheres, vota SIM


Por um mundo mais justo, VOTA SIM


Ou SIM ou sopas!

Hoje ao entrar no carro para regressar a casa depois do trabalho reparei num papel colocado entre o vidro e o limpa-brisas. Abri o papel e li o recado: começava com um elegante "És um aborto!", seguido de considerações sobre o modo como eu tinha estacionado. Decidi só tomar em consideração a primeira parte uma vez que desde que me lembro sempre coloquei o automóvel no mesmo sítio e nunca houve considerandos de qualquer espécie. Presumi que o/a autor/a do recado estava, isso sim, incomodado/a com o postal do 'Sim' que eu tinha colocado no vidro traseiro ou, possivelmente, por me reconhecer, a mim e às minhas posições, do local onde trabalho, que é um espaço público (esqueci-me de falar no autocolante na lapela?). Achei que o momento ilustrava bem o que se tem passado nas últimas semanas, mas também um certo tipo de confronto de mentalidades que vem de longe. De um lado, os movimentos organizados a partir da sociedade civil pela despenalização, pela liberdade de escolha, pela informação esclarecida, pela igualdade de direitos e deveres perante o Estado; do outro, as forças conservadoras, a estrebuchar para manter os seus mecanismos de dominação simbólica, usando como estratégias a intimidação, a desinformação, a hábil manipulação da ignorância e a apropriação ideológica de valores que na verdade nunca foram seus (nunca vos atiraram à cara que eram anti-democráticos por defender o 'sim' e rebater o 'não'?). De um lado o respeito pela mulher e uma concepção informada do contrato social; do outro, a mentira covarde (querem mais exemplos do que as fotografias de fetos retalhados que me têm chegado à caixa de correio ou esses cartazes escandalosos com bebés e mães enternecidas?), a arrogância e a prepotência de quem conhece bem a sua influência e quais as estratégias para a manter.
É um dever de cidadania não ceder, votar e assumir uma posição pública pelo sim.

PS: alguém me arranja mais uns cartazes para eu colar no carro?

Dormindo com Pierre Bourdieu


Pensar para mim começa a ser um exercício complexo. Na dinâmica de começar a ler, interromper para ir dormir, acordar e ir trabalhar, voltar a ler e tirar notas, interromper e ir a uma reunião, voltar às notas e escrever duas frases, interromper e voltar ao trabalho, dormir, comer, estar com a família, amigos, paixão, acordar e trabalhar... sinto-me um daqueles candidatos que alguém inscreveu num concurso televisivo com desafios impossíveis.





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