Retrokitchpop Party forever

Viva o Pasquale Ferrara e a sua colecção musical! Major Tom e Planeta Ju têm razão ao afirmar que estas festas são uma completa terapia para a boa disposição. Acabo de sair da edição número dez, de uma festa que é obrigatória para quem gosta de dançar ao ritmo das músicas dos anos 80 e afins. Acontece nas últimas sextas-feiras de cada mês nos Maus Hábitos.
Só faltou mesmo o sorriso e o corpinho saltitante do meu Major para me divertir ainda mais.
Amanhã segue a segunda parte da terapia: cabanas de madeira, aqui vamos nós!! :) Novos desenvolvimentos nos próximos dias. Aguardem...

O artesão

O ar tesão (nato) é o ar do artesão quando
em artesanato assim como o sol dado é o
ar do soldado quando em ar tesão.

Mário Cesariny (in Manual de Prestidigitação)

Músicas... (parte 3)

Quem se lembra desta música? Misteriosamente apareceu na minha mente hoje de tarde enquanto trabalhava. :)
"She's got it
Yeah, baby, she's got it
I'm your Venus, I'm your fire
At your desire
Well, I'm your Venus, I'm your fire
At your desire (...)
"

Et maintenant...


...mes dammes et messieurs, la véritable e incroyable: Super Mimi la Belle!!
(também conhecida como a caçula da família)

workalismos

E pronto, confirma-se a ida a França para um seminário sobre as mulheres e a conciliação do tempo familiar e profissional. A confirmação chegou hoje por correio, na forma de um bilhete de avião para Lyon (lá se vão os projectos para um saltinho a Paris...sniff). Resumindo e concluindo, mais um trabalho a estudar e preparar, para além da prova de inglês e francês no Sábado (só eu!), de uma prova para um concurso público, do trabalho e do início do Mestrado, isto numa semana em que não consegui guardar um único dia para ficar em casa a jantar calmamente. Porque é que não consigo sair desta espiral?...

É pró menino e prá menina

Já agora, a bibliografia da sessão:
- História da Sexualidade, de Michel Foucault - Relógio d'Água
- Amor e Sexualidade no Ocidente, VVAA - Terramar
- XY A Identidade Masculina, de Elisabeth Badinter - Edições Asa
- O Amor Incerto: História do Amor Maternal do Séc.XVII ao Séc.XX, de Elisabeth Badinter - Relógio d'Água
- Transformações da Intimidade: Sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas, de Anthony Giddens - Celta
- A Dominação Masculina, de Pierre Bourdieu -Celta
- A mulher só e o príncipe encantado: inquérito sobre a vida a solo, de Jean-Claude Kaufmann - Editorial Notícias
- (Trans)Formaciones de las Sexualidades y el Género, de Mercedes Bengoechea e Marisol Morales (Editoras) - Universidade Alcalá
- Indisciplinar a Teoria: Estudos Gays, Lésbicos e Queer, de António Fernando Cascais (org.) - Fenda
- Manifesto - sexualidades/éticas/estéticas, nº5: Corpo, intimidade e poder
- Sexualidade de A a Z, de Nuno Nodin - Bertrand Editora

Homo vs bissexualidade


Já na recta final do curso de saúde sexual e reprodutiva, resolvi responder ao desafio de fazer uma pequena apresentação, com liberdade para escolher um tema num elenco pré-definidido. Acabo por escolher o engimático "Homossexualidade versus Bissexualidade". Como era de prever, acabo por não guardar tempo para preparar uma coisa mais elaborada e recorro ao improviso: uma rápida vista de olhos na minha pequena biblioteca pessoal é suficiente para fazer uma selecção de livros que abordam a temática de forma directa ou tangencial e de vários pontos de vista. Lá vou cosendo um discurso com a apresentação dos livros, pontuada com comentários meus e da audiência. Surpreendentemente, a experiência corre bem, apesar da minha ansiedade em falar para uma pequena plateia de licenciados (coisa rara no meu currículo). Terminei a conversa com a polémica sugestão de um Eduardo Mendicutti, colunista da espanhola Zero, que propõe que se comece a pensar nos direitos específicos dos bissexuais: possibilidade de duplo casamento, com acesso a herança dos dois conjuges, à paternidade biológica e adoptiva ou à assistência aos dois parceiros em caso de doença. Que dá que pensar, dá.

Profissão de tio

Nunca pensei seriamente na possibilidade de vir a adoptar, mas ser tio é uma das coisas mais entusiasmantes que eu consigo descortinar. Dito isto, vou ali brincar com o sobrinho do Venus, que fica esta noite cá em casa. É que eles estão num nível mais avançado do jogo e eu não quero ficar para trás...

Arquivo


Dos desenhos que tenho guardados e espalhados, há muitos com histórias por trás.
Este não é um deles.

Post ex-fumador

Repousava a tua imagem num cigarro e o fumo devolvia-me a memória dos traços. Enquanto tranquila a rua se geometrizava de sombras, retinha o sono por uma brisa cheia de promessas. Perguntava-me se o amanhã também seria aquele domingo na alma.

Major Tom depois da piscina

Por vezes a minha cabeça destila emoções que não encontram palavras. É como se caissem num oceano que eu contemplo pensativo mas do qual também faço parte. Assim, vagueio entre aquele negro e este azul.

"O que há de novo no Porto?"


Numa das minhas mais recentes pesquisas na net fui parar a um artigo, que saiu na Rotas & Destinos deste mês, sobre a cidade do Porto. Gosto sempre de ler este tipo de reportagens turísticas sobre a "minha" cidade, quanto mais não seja para ver se descubro algum sítio interessante que andava escondido (tenho de ir conhecer o Bazaar...). Geralmente, falam da riqueza cultural e do crescimento de espaços alternativos de lazer. Apresentam uma cidade moderna, mais europeia e menos monótona. Por vezes fico com a sensação que vivo numa cidade diferente daquela que me apresentam. Acho que me centro mais nos problemas de mobilidade do dia-a-dia ou no completo abandono da maior parte dos edifícios da baixa, e esqueço-me de muitos aspectos positivos da nossa cidade.
Gostava muito de poder sentir aquilo que uma pessoa sente quando vem pela primeira vez ao Porto e passa pela ponte D. Luis...

Músicas... (parte 2)

Desta vez "Playground Love". Quem reconhece esta música? Alguém viu o filme? Lindo!!

Julie at sunset


Duas idas ao cinema num só fim-de-semana já é um acontecimento fora de comum para alguém que deu como consumada a paixão cinéfila, alimentada durante anos, entre outras coisas, com sessões obscuras no cineclube do Porto, com uma passagem fugaz num curso universitário de Turim sobre História do Cinema ou, verdade seja dita, com muitas noitadas de insónia e VHS foleiro. O motivo foi, tão simplesmente, a ausência de melhor programação. Então, no sábado, o Before Sunset e no Domingo Os Diários de Che Guevara. Dois filmes onde encontrei uma temática comum, a da deslocalização, o desenraizamento e a mudança. Fez-me repensar, o primeiro, nessa capacidade que temos de esconder dentro de nós um outro eu, que raramente ou nunca revelamos, a não ser que, precisamente, nos sintamos distantes dos outros (esses para quem temos de ser, diariamente, uma versão de nós próprios). Uma nova diva no meu clube - Julie Delpy -, mesmo se na primeira parte da história, há nove anos, já espreitasse o seu brilho (agora totalmente genial).


pouso na dúvida por temer silenciosamente o som do tédio
enquanto colocas na noite inquietações demoradas
por horror às certezas que a manhã retira dentro de mim
pouso na dúvida
e caminho vasculhando hipóteses nas fábulas

Leituras

Para quando será lançada a tradução de mais um livro do Colm Tóibín? A História da noite e o Navio Farol de Blackwater (fantástico!) não foram suficientes para acalmar o meu desejo de querer ler mais livros deste escritor. Quando vou à FNAC, lá vou eu à secção de autores estrangeiros, letra T... e nada... :(

O mar dos outros


"Vai ver o mar por mim. Não sabes a falta que me faz."
Mensagem perdida na caixa de correio, da minha italian connection. Fica a promessa, logo que possa (talvez consiga escapar ao fim da tarde).

Uma pausa com...

... orisinal.

Músicas...

É o Major Tom com a "Video killed the radio star" na cabeça e eu com "Everybody's gotta learn sometime"...

Change your heart, look around you
Change your heart, it will astound you
And I need your loving like the sunshine
And everybody's gotta learn sometime
Everybody's gotta learn sometime
Everybody's gotta learn sometime

Video Killed the Radio Star


O título do post é absolutamente arbitrário, apenas a música que me ronda na cabeça desde ontem à noite, mais um acto de insónias regadas com conversas no messenger. Desassossegou-me a revisão de Alice, um filme do Woody Allen, com a "falecida" Mia Farrow (sim, essa da foto) no principal papel. Basicamente gira em torno da futilidade da sua vida e da necessidade de mudança despoletada por um affaire extraconjugal. Como frequentemente me acontece com as suas histórias, fico contagiado pela melancolia e leveza daquela Nova York e pela candura das personagens. Faz-me quase acreditar que as coisas impossíveis estão quase todas ao nosso alcance...

Pedro & Alberto

Olhem o CD que acabei de comprar na minha hora de almoço!

Desde "A flor do meu segredo" que Alberto Iglesias colabora (e muito bem!) com Pedro Almodóvar, compondo as músicas para os seus filmes.
Estou ansioso por chegar a casa, poder escutar esta banda sonora e rever mentalmente algumas das imagens que mais me marcaram no filme. Algumas cenas almodovarianas são mesmo impossíveis de dissociar da música albertiana. :)
E por falar em Almodóvar, vejam a colecção que está a sair aos domingos do outro lado da fronteira.

Putz!

Não será já dureza só por si ser uma segunda-feira? Era preciso ainda estar mal da barriga, que o carro não pegasse, que começasse a chover em pleno percurso apressado para o trabalho e dar de caras, logo pela manhã, com o meu coronel, que me informa, com um brilhozinho maquiavélico nos olhos, que temos que deixar de fazer telefonemas, porque o programa não paga?
Terapia anti-neura procura-se...

Suspiros e diospiros


É uma rima pirosa, mas é o que me está na cabeça neste momento. Acabei de comer um belíssimo diospiro (o primeiro do ano) e fiquei nostálgico, ao recordar quando ia com o Mário e o Nuno roubar fruta ao jardim do vizinho ou mesmo, uma vez, ao jardim da Casa das Artes (sim, diospiros enormes que ninguém aproveitava), junto à pequena piscina do antigo palacete. Pensar que nessa altura era outro fruto que me apetecia trincar, e mal me permitia pensar numa visita a esse pomar...(olha, outra rima!)

Tropas na rota do saber


Nada como entrevistar seis pessoas diferentes por dia para combater preconceitos. Não é que tenho conhecido militares com percursos e cabeças espantosas? Temos muito que aprender com esta espécie a que chamamos humanidade. Por mim, sinto-me cada vez mais supreendido, sobretudo por redescobrir esta minha adormecida capacidade para me supreender, bom indicador das pré-noções que eu não sabia possuir. Noutro plano de leitura, também é bonito sentir o seu embaraço perante um homem - eu - a quem têm que confiar a sua história de vida, ou pelo menos uma sua versão (claro que todos fazem questão de fazer reluzir o anel de noivado...).
I feel alive.

gato das botas


Por algum motivo para mim ainda insondável, esta sempre foi das minhas histórias preferidas (que diria disso um psicanalista?). Este desenho ofereci-o há uns anitos à Matilde, que eu vi crescer e transformar-se num turbilhão, como é frequente acontecer às crianças que perdemos de vista.

O corpo é que paga...

Há experiências que submetem o nosso corpo a uma espécie de prova de contrastes. Sábado à noite: Festa da Gigi no Triplex. Ambiente animado, suor e bebidas com nomes exóticos, corpos indistintos e refrões mal traulitados. Direito a parcas horitas de repouso antes de nova partida para o vale do rio Poio, incluindo marcha no leito rochoso e banhos na água já quase gelada de Outubro. Segunda-feira: terminar avaliações da formação, acabar a maldita grelha para o projecto Equal, avançar com os estudos. Preparo-me para uma corrida, a fim de destilar o álcool, os pensamentos e "regenerar o corpo e o coração"...

Eu digo


Statement número um: o filme The Village poderá ser a tese derradeira sobre o terror como hipótese de construção social.
Statement número dois: festas em Belas Artes sem a distribuição de máscaras de oxigénio não dá!

Jamie Lee


Um Coltrane melancólico e furioso sobre o piano genial do Ellington, logo pela manhã, a fazer dissipar não o nevoeiro que invadiu a cidade mas o que estava prestes a instalar-se-me na alma. Em casa, colectâneas dos Cure e Bauhaus transportam-me ao 9º ano, na António Sérgio, onde finalmente descobri que havia um mundo para além da infância, com o Peixoto e o Mosca a iniciarem-me na música, no tabaco e nos filmes de terror. Em casa passavamos horas a imitar os Chameleons ou a falar de planos-chave do John Carpenter e a admirar a coolness do irmão mais velho do Daniel, com o seu look dark e as t'shirts com as famosas silhuetas dos Echo & the Bunnymen.
Que bom era pensar que a minha ideia de diva ia ser para sempre a Jamie Lee Curtis no Halloween...





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