Julie at sunset


Duas idas ao cinema num só fim-de-semana já é um acontecimento fora de comum para alguém que deu como consumada a paixão cinéfila, alimentada durante anos, entre outras coisas, com sessões obscuras no cineclube do Porto, com uma passagem fugaz num curso universitário de Turim sobre História do Cinema ou, verdade seja dita, com muitas noitadas de insónia e VHS foleiro. O motivo foi, tão simplesmente, a ausência de melhor programação. Então, no sábado, o Before Sunset e no Domingo Os Diários de Che Guevara. Dois filmes onde encontrei uma temática comum, a da deslocalização, o desenraizamento e a mudança. Fez-me repensar, o primeiro, nessa capacidade que temos de esconder dentro de nós um outro eu, que raramente ou nunca revelamos, a não ser que, precisamente, nos sintamos distantes dos outros (esses para quem temos de ser, diariamente, uma versão de nós próprios). Uma nova diva no meu clube - Julie Delpy -, mesmo se na primeira parte da história, há nove anos, já espreitasse o seu brilho (agora totalmente genial).

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