Estação: Caldas de Aregos


Numa marcha lenta mas imparável, Aregos vai entrando em cada um de nós. Cruzamos memórias, preocupações e sonhos em brincadeiras junto à lareira ou em cima da linha de comboio. Fomos chegando e de repente não se percebe como seremos capazes de partir e regressar a outra vida, aquela a que chamamos realidade e onde não se ouve o barulho dos passos no cascalho ou a água da mina a gotejar no tanque.

Agora já só conseguimos olhar para onde existirem cores terra: no mínimo uma laranjeira ou uma parede de lousa a pontuar a paisagem. As conversas fluem e jogamos aos analistas, também sintonizados nos silêncios, como se dirigidos por uma batuta escondida. Estamos sempre com fome. O corpo relaxa todos os seus músculos, estende-se ao Sol e até se deleita com o frio. Apetece não acordar, continuar a dançar e acreditar em fantasmas.

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