O insólito em mim

Bato com força no fundo de mim, e não consigo perceber o que diz o eco. Quando perceber, farei uma pausa nesta longa pausa de escrita. Nem que seja para registar o insólito, que às vezes confundimos com um sonho. Por exemplo: ontem ao fim da tarde batia à beira-mar uma luz solar intensa enquanto toda a cidade estava mergulhada numa espessa parede de nuvens escuras. No areal avistei uma silhueta ao longe. Aproximando-me, vi um golfinho morto, ao lado de um pássaro estranho e um peixe que parecia uma enguia, em cima de uma palete. Ninguém em volta, apenas o vento frio e os salpicos de um mar ainda encrespado a misturar-se no meu eco.

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