A cidade abandonada

A cidade abandona-se à indiferença da sua tonalidade estival. O trabalho corre languidamente, como se realmente fosse um parêntesis entre fins de semana a explorar avidamente com amigos e próximo da natureza, porque também o corpo é menos racional e mais instintivo. Sente-se o peso de optar por férias em Junho. O cheiro das festas populares invade o relatório de actividades e a acta da última reunião da equipa. Abro a porta do gabinete e lá dentro estão as praias da Galiza; ao fundo do corredor consigo ouvir a água das azenhas de Vilar de Mouros; não me posso esquecer de arquivar as dunas nas capas de arquivo morto e os campos floridos no dossier técnico-pedagógico.

4 Comentários:

  1. oplanetadaju disse...
    que texto lindo!
    1 beijo
    Anónimo disse...
    por falar em gabinetes hoje li no jn muita coisa boa sobre o projecto mina! :D a vossa chefe deve ser engraçada..."aqui também estamos a combater a guerra"

    saúde&bichas (como diria o Pacheco e amigos)

    Major Tom disse...
    linda, tentei responder a este teu comentário no post de hoje ;-)
    bjs x 2
    Anónimo disse...

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