Mozart x 250


O apelo de uma celebração do aniversário de Mozart era suficientemente forte para me fazer voltar a entrar numa igreja. Infelizmente, a missa em ré menor foi levada no sentido literal pelo padre que, nitidamente excitado pela enchente de supostos fieis, decidiu intercalar os momentos musicais com dissertações bacocas sobre a verdade divina. Saímos da Lapa antes do segundo salmo. Em casa, contentei-me com uma nova audição do Requiem. É como deitarmo-nos com alguém de quem gostamos, mesmo que seja pela enésima vez: é sempre uma sensação fresca e renovada. Talvez combine com a minha apetência pela estética da tristeza preferir esta a todas as outras peças de Mozart. Foi escrito a pensar num deus, mas está lá o suficiente para nos fazer acreditar no Homem.

2 Comentários:

  1. Anónimo disse...
    ora aqui está um belo blog.
    J. disse...
    é o melhor. Imaginei sempre o que comporia, caso não tivesse morrido tão jovem, a seguir ao Requiem.
    em acordo pleno contigo

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