Origami me
Recorrentemente admito que seria mais fácil pensar que tudo isto é obra divina, e que pouco podemos contribuir para o andamento das coisas com o nosso arbítrio. Nessas alturas, parece-me mais fácil compreender esses períodos que chamamos de balanço ou de inventário mental, que às vezes coincidem com o início de um novo ciclo (um novo ano é um pretexto tão bom como qualquer outro). A imagem que me vem à cabeça é de que um deus ex-machina qualquer se divertiu a desmontar-nos e, como uma daquelas pessoas que não consegue fazer origamis mais complexos do que um chapéu, não é capaz de voltar a unir as nossas abas.
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