Espinho at sunset

Ir a Espinho agora é mesmo ir num pulinho, com a novíssima auto-estrada. Confesso que sempre tive uma relação ambivalente com a cidade: bela, por um lado - quando me recordo das idas à enorme piscina (na altura para mim o trampolim mais alto tocava o céu), dos passeios com o meu pai, quando íamos lanchar camarão (era a minha ideia de uma refeição sofisticada) ou das sessões animadas do Cinanima; feia e desconfortável, por outro lado, quando olho para o seu urbanismo irresponsável ou quando toda ela se dá ares de snobismo burguês.

À beira-mar, é bom cruzar as pernas em cima da amurada e contemplar os surfistas do pôr-do-Sol, nessa dança ao mesmo tempo suave e feroz que os coloca em diálogo com as ondas, como corvos negros que de repente se descobrem crianças. Deve ser bom...

2 Comentários:

  1. Anónimo disse...
    Adoro Espinho e Esmoriz!
    Drocas
    Renas
    Major Tom disse...
    infelzimente são dois bons exemplos de TUDO o que NÃO se deve fazer com o cordão dunar...

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