Espinho at sunset
Ir a Espinho agora é mesmo ir num pulinho, com a novíssima auto-estrada. Confesso que sempre tive uma relação ambivalente com a cidade: bela, por um lado - quando me recordo das idas à enorme piscina (na altura para mim o trampolim mais alto tocava o céu), dos passeios com o meu pai, quando íamos lanchar camarão (era a minha ideia de uma refeição sofisticada) ou das sessões animadas do Cinanima; feia e desconfortável, por outro lado, quando olho para o seu urbanismo irresponsável ou quando toda ela se dá ares de snobismo burguês.
À beira-mar, é bom cruzar as pernas em cima da amurada e contemplar os surfistas do pôr-do-Sol, nessa dança ao mesmo tempo suave e feroz que os coloca em diálogo com as ondas, como corvos negros que de repente se descobrem crianças. Deve ser bom...
Drocas
Renas