caio da luz no silêncio da areia
a deslizar pela água quebrada
rarefacção de mim próprio
misturo as cores num voo de borboleta
e engulo a lassidão de um trago
doce e seguro
quero reter o eréctil lugar no pensamento
e ficar gordo na alma
de tanto sorver o que me rodeia
sinto na pele tisnada a promessa de Verão
que comanda o desassossego

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