A morte e o ego

Como diz uma amiga especial, as mortes são sempre aos pares. Já quando morreu o Arafat, faleceu no mesmo dia a Dona Miquinhas. Agora, o Álvaro Cunhal e o Eugénio de Andrade. Tinham levado a sua vida em pleno, e deixaram a sua marca indelével. Faz-me pensar na minha própria passagem neste planeta. Para me recordarem tenho, no mínimo, que fundar um partido político fundamental ou revolucionar a poesia contemporânea do nosso país. Admitamos que não é tarefa nada fácil. A propósito disso, confesso que tenho constantemente a sensação de criar nas pessoas expectativas excessivas em relação a mim próprio. Não consigo perceber de onde vem o equívoco, mas tenho a forte suspeita de que a culpa é toda minha. Lamento desiludir todos os que cairam no logro, que foi inconsciente, but I'm just a simple guy a tentar levar a sua vida o melhor que pode.

PS: os afagos no ego continuam a ser benvindos.

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