Nucas


Um dos meus maiores fetiches é ficar a olhar para a nuca de um homem. O cabelo deve ser de preferência curto, pelo menos atrás, para se poder ver bem o movimento capilar (o brilho do cabelo, a forma como cai ou é penteado, os cortes, os conhecidos remoinhos), assim como as nuances da pele, a forma como os cabelos se separam ou não dos pêlos das costas, e os eventuais sinais que possam pontuar o cenário. Que perfeição singela e concentrada, como a evocação de uma meninice entretanto reconquistada por breves momentos (como quando pousamos a mão no cachaço de alguém em sinal de afecto amigo). Que combinação, também de promessas e fantasias, uma espécie de magia frequentemente quebrada com o simples rodar da cabeça.
Uma coisa é certa: quem vê nucas não vê corações, mas é por estas e por outras que eu chego sempre ao cinema minutos antes das luzes se apagarem.
Pancas.

1 Comentário:

  1. Anónimo disse...
    E mirado dende o outro lado as nucas son zoas das mais sensívels, ó tacto, á humidade, ó alento... unen á cabeza (xestor dos sentidos) ó corpo (playground love)

    coisa bruxa isto das nucas..... :D

    fmdo: O carlos (pasoume o link o césarinho)

Deixe um comentário







Recomenda-se


Outras paragens



anodaorquidea[at]gmail.com
 

© O Ano da Orquídea 2004-2007