Agora a vida, outra vez

Após longos meses de espera e ansiedade, quinta-feira foi o último dia de trabalho da minha mãe. Sexta-feira, oficialmente, já era reformada. Novamente a sensação de ciclo concluído e de entrada numa nova etapa. Seguramente uma sensação bem mais forte para ela, que a está a viver. Não consigo evitar pensar o que faria no lugar dela, as muitas liberdades a que teria acesso, mas também o receio de deixar de sentir que tenho um papel, um lugar na orgânica social. Pelo que tenho acompanhado, não me parece que ela tenha preparado o momento. Presumo que terá pensado que as coisas se vão desenrolar por si. Tenho dificuldade em encaixar esta postura, talvez por ser um maníaco do controle e da antecipação. Não gosto que os acontecimentos me ultrapassem, sou como que um jogador que gosta de ter os trunfos na mão, prevendo cartadas por antecipação. Mas esse sou eu e não quero projectar isso em ninguém, sobretudo em quem me é próximo. Apenas espero que este dia, que é o primeiro do resto da tua vida, seja cheio do coisas boas.

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