Encontro em Viseu


School Boys, de Michael Reichmann

Indo eu, indo eu, a caminho de Viseu, descobri que não estamos assim tão longe do Porto, e que apesar das afinidades, encontramos uma outra realidade. No encontro, bastante informal, colocaram-se questões, discutiram-se ideias e propostas, mas sobretudo tentou-se criar uma espécie de círculo de solidariedades associativas ou institucionais. Uma professora do primeiro ciclo relatou-me o caso de uma aluna de dez anos que afirmou publicamente a sua paixão por uma colega e que foi por isso estigmatizada pela escola. A diferença foi que a questão surgiu na sala de aula, e esta professora aproveitou para falar no caso e desmontá-lo com a turma, embora suspeitasse que a mesma situação com outro colega poderia não ter o mesmo desenlace. Conversamos sobre a necessidade urgente de sensibilizar a classe docente, e concluímos que isso só poderia ser feito com uma formação institucioanalmente reconhecida. Na minha opinião essa vontade já existe por parte de muitos professores, que apenas se sentem inseguros para abordar temas que desconhecem e para os quais precisam de instrumentos. Na verdade o tema já está na escola. Só falta frontalidade para deixar de fazer de conta que não se passa nada.

4 Comentários:

  1. Anónimo disse...
    Eu não sei se a classe docente vai gostar de ter uma formação «institucioanalmente» reconhecida...LOL!
    Anónimo disse...
    já sei das iniciativas... go on boys!
    je_bois
    Major Tom disse...
    deve ser o que os psis chamam de lapso freudiano...
    Nan disse...
    Olha que o Abominável César das Neves está farto de afirmar que os programas da escola pública fazem a «propaganda da sodomia»! ;-)

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