O castelo de Miyazaki


Admito que me aconteceu: acordei a meio da noite, naquele limbo a que os italianos chamam 'dormiveglia', entre cá e lá, e parecia não ter saído ainda daquele cenário para onde o japonês maravilha Hayao Miyaisaki me transportou assim que entrei naquela sala do cinema Passos Manuel. Quando saí, tinha-me assaltado essa incerteza: estaria ainda na mesma dimensão? Seria aquela ainda a mesma cidade por onde eu tinha passado duas horas antes? Inseguro, lá fui percorrendo as ruas até chegar a casa, esperando em cada esquina cruzar-me com mais um ser fantástico ou com uma menina de olhos gigantes, à procura do seu destino. Esta realidade já não me convence. Eu também quero viajar dentro da magia do castelo andante.

3 Comentários:

  1. Anónimo disse...
    Não sejas mentiroso: esta realidade NUNCA te enganou! NUNCA te convenceu. Os teus desenhos estão cheios de seres como esses que descreves esperar encontrar no meio da rua. Tu sabias que isto era uma tanga e nunca pareceste acreditar na propaganda cor-de-rosa... Eu também sei que isto é uma tanga, mas caio sempre na esparrela da propaganda de que se pode mudar alguma coisa. Como se faz para deixar de acreditar? Para se estar nas tintas? Para mandarmos o mundo à puta que o pariu e nos deixar em paz com as suas merdas? Não , não estou deprimida, só que a tua posta fez-me pensar nisto. Quando é que eu aprendo - e os outros como eu?! Mas, por outro lado, se não houvesse gente com capacidade de acreditar no impossível, esta porra era mesmo insuportável. Portanto, viva a estupidez de sonhar que se pode fazer algo. Viva a barreira invisível. 1deabril
    Major Tom disse...
    olé!
    Nic disse...
    vi este filme 'a pouco tempo!

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