Ser cientista é...


Sondado acerca do meu interesse em colaborar num projecto de investigação sobre delinquência juvenil (whatever that is), não fui capaz de esconder a minha insegurança em relação às minhas capacidades como pesquisador. Trata-se de uma incapacidade recidiva de auto-definição como profissional. De repente passam quatro anos sobre a licenciatura, da qual saí com menos auto-confiança do que quando consegui a carta de condução, e eu vejo o quanto me afastei dessa parangona - 'Profissão: Sociólogo'. Já não tenho lata de atribuir todas as culpas a um curso deficitário em várias matérias. Cada vez mais me parece que o investigador já o é antes da credencial (embora considere fundamental a formação e uma certificação), ou seja, tem que possuir em si um espírito de inquirição indómito que lhe permita pasmar de cada vez que olha para a realidade, mesmo que aparente ser a mesma realidade do dia anterior (que não é). Eu sinto tudo isto. Simplesmente, a minha insegurança parece brotar bem do meio entre esta perplexidade curiosa e a capacidade para a transformar em ciência.

3 Comentários:

  1. Anónimo disse...
    Assunto à parte... os teus desenhos são o máximo! :)
    Major Tom disse...
    obrigado, o meu alter ego agradece o elogio ;)
    Anónimo disse...
    pois é!!!as credenciais só servem para nos criar embaraços!!!!E não seria melhor se encarassemos o curso que fizemos como algo puramente recreativo, sem a obrigação de sermos especialistas???é que profissionalmente até podemos gostar de fazer outras coisas...ou não???
    cristina

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